Empresas Abertas: O Motor da Economia Brasileira
Um estudo revolucionário da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela o poder transformador das empresas listadas na bolsa brasileira. Apenas 270 companhias abertas geraram impressionantes R$ 2,1 trilhões em valor adicionado ao PIB de 2024, representando 17,9% de toda a riqueza produzida no país.
Inovação e Produtividade em Números
Pablo Cesário, presidente-executivo da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), apresentou dados que demonstram como essas empresas são verdadeiros centros de inovação e produtividade. Com 2,8 milhões de empregos diretos, essas corporações oferecem salários médios de R$ 10.250 mensais, valor 2,8 vezes superior à média nacional.
"Essas empresas são a coluna vertebral da economia nacional", enfatiza Cesário. "Quando elas crescem, o PIB também cresce. São responsáveis por 23% de toda a arrecadação tributária do país."
O Futuro Requer Reformas Inteligentes
Apesar dos resultados impressionantes, o cenário apresenta desafios. O número de empresas abertas diminuiu 43% desde 1990, passando de 579 para 331 companhias. Simultaneamente, a carga tributária aumentou de 26,5% para 32,3% do PIB.
Para Cesário, o Brasil precisa de uma visão mais moderna: "O país foi no caminho contrário do mundo. Enquanto outros países diminuem impostos sobre empresas para estimular reinvestimento, nós aumentamos a tributação."
Oportunidades para o Futuro
O estudo revela três pilares fundamentais dessas empresas: contribuição fiscal robusta, geração de empregos qualificados e fortalecimento de cadeias produtivas. Esse modelo pode inspirar políticas públicas mais eficazes para estimular o empreendedorismo e a inovação.
Com juros básicos em 15% ao ano, o desafio é criar um ambiente mais favorável aos negócios, permitindo que essas empresas continuem sendo motores de crescimento e transformação econômica.