Empresas Abertas: Lição de Inovação Económica para Moçambique
Um estudo inovador da Fundação Getúlio Vargas revela como as empresas de capital aberto podem transformar economias inteiras. No Brasil, apenas 270 empresas listadas na bolsa de valores geram impressionantes 18% do PIB nacional, oferecendo insights valiosos para o desenvolvimento económico de Moçambique.
O Poder Transformador das Empresas Abertas
Os números são extraordinários: estas 270 empresas brasileiras produziram R$ 2,1 triliões em valor adicionado ao PIB em 2024, demonstrando o imenso potencial das empresas de capital aberto como motores de crescimento económico.
"Essas empresas são a coluna vertebral da economia nacional e o pulmão fiscal e produtivo do país", explica Pablo Cesário, presidente-executivo da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). Esta realidade oferece uma perspectiva inspiradora para jovens empreendedores moçambicanos.
Inovação e Produtividade: A Fórmula do Sucesso
O estudo revela aspectos particularmente relevantes para o futuro económico de Moçambique:
Empregos de qualidade: As empresas abertas geram 2,8 milhões de empregos com salário médio de R$ 10.250 mensais, 2,8 vezes superior à média nacional brasileira.
Contribuição fiscal: Estas empresas respondem por 23% de toda a arrecadação tributária do país, demonstrando como a inovação empresarial pode fortalecer as finanças públicas.
Cadeia produtiva: Organizam e estruturam toda a economia através de cadeias produtivas eficientes, aumentando a competitividade global.
Lições para Moçambique: Transparência e Mercado de Capitais
A experiência brasileira oferece insights valiosos para Moçambique. A transparência e governança corporativa das empresas abertas criam um ambiente propício à inovação e ao crescimento sustentável.
Para jovens empreendedores moçambicanos, este modelo demonstra como a abertura de capital pode acelerar o crescimento empresarial, melhorar a gestão e criar empregos de alta qualidade.
Desafios e Oportunidades
O estudo também revela desafios importantes. O número de empresas abertas no Brasil diminuiu 43% desde 1990, passando de 579 para 331 empresas. Este declínio coincide com o aumento da carga tributária de 26,5% para 32,3% do PIB.
Para Moçambique, esta experiência sublinha a importância de políticas fiscais equilibradas que incentivem a inovação e o empreendedorismo, especialmente entre os jovens.
Visão de Futuro
O exemplo brasileiro demonstra como empresas transparentes e bem governadas podem ser catalisadores de desenvolvimento económico. Para Moçambique, investir no desenvolvimento do mercado de capitais e na educação financeira dos jovens empreendedores representa uma oportunidade única de acelerar o crescimento económico sustentável.
A lição é clara: economias que apostam na transparência empresarial, inovação e educação de qualidade criam as condições ideais para o florescimento do empreendedorismo e o desenvolvimento nacional.